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Clésio Andrade

Carta aberta ao governador Romeu Zema

Prezado Governador,


Cumprimento-o pelo esforço e pelo trabalho que tem desenvolvido à frente do governo do Estado de Minas Gerais.


Meu nome é Clésio Andrade. Fui Senador e Vice-Governador do Estado de Minas Gerais. Fui também presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Atualmente, sou produtor de café no Sul do Estado, município de Boa Esperança.


Tomo a liberdade de transmitir situações caóticas que estão acontecendo, na zona rural do Sul Minas, no que diz respeito ao fornecimento de energia e à área de segurança pública.


Em relação ao fornecimento de energia, a CEMIG não tem cumprido a contento. As fazendas vêm sofrendo com apagões recorrentes e com insuficiência de energia para funcionar o maquinário de beneficiamento de café. A continuar assim, a safra de 2021, que se inicia em março, poderá ficar bastante comprometida.


Informações que nos chegam são de que há um déficit de manutenção nas linhas, o que está provocando os apagões. Consta também que há um déficit estrutural que faz com que a energia, mesmo quando chega, não seja suficiente para funcionar os equipamentos. Mesmo nas fazendas que possuem transformador, a energia não é suficiente. Sem dizer as fazendas que têm solicitado mudança de monofásico para 220v e que não têm resposta da CEMIG.


A equipe da CEMIG justifica alegando falta de recursos, o que não é verdade, tendo em vista a quantidade de dividendos que a referida empresa distribui aos seus acionistas. Não falta dinheiro. O que precisa é reavaliar a gestão e a política de dividendos dessa empresa para não continuar prejudicando tanto o povo mineiro.


Com relação à área de segurança, a situação não é menos pior. A quantidade de propriedades que têm sofrido roubos de tratores, equipamentos elétricos, fiação de maquinários e pivôs têm tido proporção muito grande. Pior: as polícias não conseguem resolver. Eventualmente, quando a Polícia Militar prende os bandidos com cabos e pivôs roubados, como ocorreu em Alfenas, o delegado de polícia civil solta sem qualquer justificativa e sem aplicação das medidas cabíveis.


É de conhecimento regional quem são os receptadores desse tipo de material, sejam ferros velhos, sejam comerciantes de pivôs usados. São eles os grandes criminosos.


Enfim, sou conhecedor das dificuldades pelas quais o Estado passa, mas, tenho certeza, não afetam essas duas áreas.


Na energia, a CEMIG é empresa altamente rentável e só pode ter problema de gestão. Na área de segurança, o Estado possui a estrutura das polícias Militar e Civil que, além de não funcionarem, ainda brigam entre si.


Na esperança de ver solucionados os nossos problemas e esperando ter contribuído, cumprimento-o.


Abraços

Clésio Andrade

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