Dirigentes de todas as esferas públicas precisam corrigir os erros e tocar o Brasil para frente. Já tivemos muitas perdas. São milhares de mortos, milhares jogados na miséria, na falência e no abandono. Precisamos salvar os que estão vivos, evitar mais mortes e mais tragédias sociais e econômicas.
Alguns governadores e prefeitos viram a burrice e a irresponsabilidade do isolamento social total e começaram a recuar. Medidas populistas não impediram o avanço natural do coronavírus, mas jogaram a economia dos estados no buraco e as famílias no desespero. O número de miseráveis nas ruas não deixa dúvidas sobre a gravidade da situação. E isso é só o começo.
Quando cessarem o seguro desemprego dos demitidos e as parcelas de renda que o Governo Federal vem transferido para as pessoas, a situação da pobreza e da miséria deverá aumentar e muito. Pessoas vão mudar de classe social. E, agora, para baixo. Classe média vai virar classe baixa e classe baixa se tornará miserável.
Este é um caminho que, infelizmente, foi construído durante todo esse ano e que deverá ser trilhado até 2021, quando as pessoas devem começar a recuperar seus empregos.
Os estados perderam arrecadação e alguns governadores começam a provar do próprio veneno. Não sabem como vão manter os serviços básicos, que deverão ser sensivelmente prejudicados. Agora, precisam colocar a cabeça no lugar, deixar as ambições políticas de lado, e se concentrar na crise sem precedentes que a população está enfrentando.
Não menos importante é a maneira precisa e eficiente com que presidente Bolsonaro está usando sua caneta, neste momento.
Apesar da queda na arrecadação, o Tesouro Nacional se encontra com muitos recursos, graças à boa gestão financeira do ministro Paulo Guedes, além de liberação controlada de repasses aos estados a fim de enquadrar os governadores.
O controle do Presidente sobre a Polícia Federal também tem dado resultados no combate à corrupção dos governadores que, em grande parte, usam a pandemia para comprar sem licitação e desviar dinheiro. Isto já causou uma forte investigação sobre o governador do Rio de Janeiro que, junto com sua esposa, é acusado de desviar recursos da saúde. Aliás, Witzel também está pagando por ter ficado inimigo de Bolsonaro e dos seus filhos.
O governador Doria, borrando de medo, começa a recuar não só pela pressão causada pela queda de arrecadação, mas também por causa das investigações de corrupção que estão em cima dele.
Os presidentes da Câmara e do Senado, igualmente, estão recuando com medo das investigações. Ou seja, como prevíamos, o uso correto da caneta funciona.
O Brasil é presidencialista. Presidente é eleito para mandar e ministro deve obedecer. Se tivesse usado a caneta antes, Bolsonaro não teria perdido tanto tempo com Mandetta e Sérgio Moro.
No início, o ministério da Saúde seguiu piamente a orientação de inspiração comunista da Organização Mundial da Saúde, dirigida por um não médico com total desconhecimento de uma doença nova. Inventaram um tal de “científico” que foi fortemente seguido pelos países e, no Brasil, pelo apaixonado e incompetente ortopedista Mandetta. A OMS chegou a esconder que havia uma pandemia e ficou num vai e volta, cada hora falando uma coisa. Orientou os países ao isolamento social radical seguindo os países comunistas.
Hoje é sabido que o que funciona é máscara , higiene e proteção especial para idosos e doentes.
Mandetta, querendo aparecer, foi omisso. O isolamento não impediu que muita gente continuasse transitando, trabalhando, se divertindo sem se prevenir com máscaras e higiene pessoal. Deu nisso que estamos vendo agora. Países democráticos não podem seguir diretrizes comunistas, trancando pessoas em casa. Lá, eles usam até matar para impor suas regras. Aqui isso não funciona.
Nós, aliados e entusiastas do Presidente Jair Bolsonaro, não podemos deixar de alertá-lo, também, de seus equívocos e necessidades de correção de rumo.
Com esse objetivo, o presidente Jair Bolsonaro deveria aproveitar o momento para dialogar, equilibrar o relacionamento com os entes federados e com os demais poderes da República para dar um rumo ao país e recuperar sua popularidade, que não anda lá muito boa. Também deveria melhorar sua relação com a mídia tradicional. O governo vem utilizando com competência as mídias alternativas, porém, cada vez mais, terá dificuldades para financiá-las.
É importante que o presidente Bolsonaro abra diálogo com a própria Rede Globo para estabelecer uma relação moderna, de respeito mútuo. A Globo está se adaptando à escassez de recursos públicos, realizando uma forte gestão de conteúdos e encontrando novas fontes de receita. Além disso, não adianta o Presidente acreditar que vai cassar a concessão da Globo. O Congresso e o STF não deixarão. E ele não foi eleito para isso.
Bolsonaro precisa lembrar que foi eleito por tudo que sempre defendeu, principalmente o combate à corrupção e os princípios da família, da propriedade, da moral e dos costumes. Ele não foi eleito pelo seu “jeito”, nem para ser mal educado. Isso não é do nosso povo!
O presidente também precisa colocar seus filhos em seus devidos lugares. Eles são importantes, competentes, podem continuar ajudando, mas de maneira discreta e silenciosa. Não foram eleitos para a presidência da República.
Nós precisamos de um Presidente forte e popular. Bolsonaro pode se tornar um estadista, um norte para o País e para os cidadãos. Ele tem tudo para isso: projetos, uma boa equipe, um ministro da Economia craque, com reconhecimento internacional.
Se tudo isso for feito, sem dúvida, será melhor para o País. Como dizem em Minas: ”Bolsonaro está com a faca e o queijo na mão. É só saber cortá-lo.”
Vamos torcer e acreditar!
Clésio Andrade, empresário, empreendedor social, foi vice-governador de Minas Gerais, ex-senador, ex-presidente da CNT - Confederação Nacional do Transporte e fundador do SEST SENAT
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