A Câmara dos Deputados tem aprovado auxílio aos estados e municípios da ordem de bilhões. O presidente da Câmara diz que o Congresso está distribuindo riqueza. Mas, na verdade, Rodrigo Maia está distribuindo dívida para nossos filhos e netos pagarem. Para bancar a loucura do isolamento social, o Brasil está emitindo moeda em excesso. A dívida pública bateu em R$ 4 trilhões. O Tesouro Nacional já encontra dificuldade para vender títulos públicos. A instabilidade financeira só aumenta e a disparada da inflação está se tornando inevitável. O rombo de R$ 124,1 bilhões previsto para 2020 vai saltar para R$ 400 bilhões em razão de medidas aprovadas pelo Congresso Nacional. A dívida vai ultrapassar 85% do PIB nacional. Isso é uma bomba relógio ligada. Essa ajuda aprovada pela Câmara é um abuso. É um cheque em branco e sem fundos para premiar governadores e prefeitos irresponsáveis, que paralisaram a economia, perderam arrecadação, e agora querem que o Governo Federal e os contribuintes paguem a conta. O presidente Jair Bolsonaro tem pouca habilidade para dialogar com o Congresso Nacional, mas isso não justifica a aprovação de medidas populistas, que prejudicam o País. O Congresso não é Executivo. O Supremo Tribunal Federal não é Executivo. Eles não podem e não devem ultrapassar suas prerrogativas para fazer queda de braço com o presidente Bolsonaro. Governadores e prefeitos, que insistem no isolamento social, estão promovendo um Estado de Sítio. Como em regimes comunistas, desrespeitam direitos constitucionais impedindo empreendedores de tocar seus negócios e os cidadãos de ir e vir, entre outros, com o acesso à saúde que está limitado aos casos de Covid 19. O STF passou por cima da Constituição e do bom-senso ao dizer que o Governo Federal não pode decidir as regras de isolamento social no combate ao Covid 19. Com isso, liberou geral para cada governador e cada prefeito faça o que for mais conveniente aos seus interesses políticos. A população não está trabalhando, mas a maioria continua circulando e muitos passam o dia bebendo nos bares da preferia para depois levar o vírus que está contaminando os idosos e os doentes que estão em casa. O isolamento social não impede a propagação da doença, mas está destruindo a economia brasileira. Governadores, prefeitos, Congresso e Supremo estão quebrando o País e parecem não se importar com isso. Só querem derrubar o Presidente. Milhares de empresas fecharam suas portas. Muitas outras vão fechar. O desemprego disparou e o número de famílias que já estão passando fome só aumenta. O Brasil está à beira de um colapso econômico e social. Daqui para convulsões, saques e violência generalizada é um passo. Os sinais do desastre econômico e social são muitos. Já passou da hora de os Três Poderes deixarem as diferenças de lado e se unirem em favor do Brasil e dos brasileiros. Chega de jogos políticos. Temos que evitar uma catástrofe maior. O País deve voltar imediatamente a produzir, gerar receita e renda para as pessoas. O estado precisa voltar a arrecadar para cumprir seu papel, ampliar os investimentos em saúde pública, incentivar os empreendedores e promover o desenvolvimento social. *O Congresso Nacional precisa melhorar, modernizar e simplificar* seus procedimentos e condutas. Deveriam aprovar redução de 50% do salário do funcionalismo público e deles próprios, respondendo aos anseios da sociedade. O combate à Covid 19 deve ser feito de maneira racional, com isolamento dos idosos e doentes e proteção ao restante da população por meio de medidas como uso obrigatório de máscaras e álcool em gel, proibição de aglomerações, higienização de locais públicos e campanhas educativas de higiene e segurança. A gestão pública, nos estados, nos municípios, no Congresso, no Supremo, em todos os âmbitos, deve ser feita com responsabilidade, desatrelada de interesses de grupos políticos e de projetos pessoais. É hora de união nacional!
Clésio Andrade, empresário, empreendedor social, foi vice-governador de Minas Gerais, ex-senador, ex-presidente da CNT - Confederação Nacional do Transporte e fundador do SEST SENAT
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