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Clésio Andrade

Fome, SIM. Trabalho, NÃO!!!

O que está sendo chamado de isolamento social para contenção da Covid 19 é, na verdade, uma paralisação do trabalho e da produção. Isso está levando o Brasil para o abismo e as pessoas para o desespero. Grande parte das empresas está fechada, as pessoas não estão trabalhando, mas todo mundo está socializando. A maioria age como se estivesse de férias, curtindo a vida, principalmente nas periferias. Para aquelas pessoas que estão recebendo das empresas ou dos governos, trabalhar é o que menos importa. A parte da população que depende do dia a dia - autônomos, pequenos comerciantes, camelôs etc, - está desesperada. Alguns estão adoecendo e até passando fome. É perceptível que, se o vírus não se espalhou mais, não foi porque as pessoas se isolaram. Tudo indica que foram outros fatores que impediram o avanço da contaminação. O falso isolamento social não está evitando a pandemia, mas está destruindo a economia brasileira. Manter o Brasil parado por longo tempo vai causar muito mais mortes e destruição do que o coronavírus. Os cálculos apontam para mais de 20% de desempregados com as demissões que estão e vão ocorrer. Pequenas e até grandes empresas já estão fechando, calcula-se que mais de 40% dos comerciantes e lojistas não reabrirão suas portas. O PIB brasileiro deverá retroceder em mais de 10%. A insistência do isolamento só está servindo para promover alguns governadores e prefeitos que têm, no dia a dia, grande parte da mídia favorável a eles. O governador Dória, por exemplo, está surfando numa onda fabricada, se aproveitando de ser adversário do presidente e de ter nas mãos o maior estado brasileiro em termos econômicos e sociais. Ele está desequilibrando toda a economia do país. É o maior responsável pelo caos econômico que está instalado. É lamentável que Dória se aproveite da situação mesmo sabendo que o caminho está errado. Em momento algum ele está preocupado com o povo. Bases científicas já começam a constatar que o isolamento não funcionou e não vai funcionar. O vírus veio para ficar. A própria OMS está dizendo que a COVID-19 dá sinais de se tornar uma doença endêmica, o que contradiz a orientação de isolamento, pois, neste caso, ele teria que ser eterno. Será que os governadores e prefeitos continuarão com a decisão irresponsável de isolamento? A solução definitiva só sairá com a descoberta da vacina, remédios existentes e outros que surgirão. Não adianta continuar essa guerra política! Governadores e prefeitos precisam passar a pensar no povo de forma mais ampla, não cair no terrorismo da imprensa e de algumas autoridades de saúde. A economia está indo para o buraco, colocando em risco a vida de milhões - não milhares como o vírus – mas milhões de brasileiros que estão perdendo seu sustento. O Brasil está o caos político e econômico e pessoas estão passando fome. Estamos perto da convulsão social e do aumento exponencial da violência. Para evitar um mal maior, o Brasil deve voltar a produzir, gerar receita e renda para as pessoas. O estado precisa voltar a arrecadar para cumprir seu papel. Ainda é tempo! Se existe algum benefício desta pandemia é o aumento da produtividade das empresas e das pessoas, apesar da redução da produção. Isto é perceptível. Ao mesmo tempo deve haver uma estratégia eficaz de combate à Covid 19, que deve ser decidida entre o ministério da Saúde e cada município. A maioria dos municípios brasileiros não tem um caso confirmado sequer, podendo voltar à normalidade. Nos outros, onde o vírus está circulando, deve ser implantado o chamado isolamento seletivo, ou seja, idosos e doentes permanecem isolados e demais voltam à vida normal. Quem for trabalhar e produzir deve tomar as precauções necessárias: uso de máscaras, cuidados obrigatórios de higiene e limpeza e evitar aglomerações. Os governos estaduais devem ficar fora, apenas apoiando e deixando as decisões para o ministério da Saúde e municípios. É no município que as coisas acontecem. Para isto é importante que o ministro da Saúde seja um bom gestor, gerenciador de crise e que faça as coisas acontecerem. O Presidente Bolsonaro precisa reunir os governadores e liderar essa solução. O Brasil não aguenta mais.



Clésio Andrade, empresário, empreendedor social, foi vice-governador de Minas Gerais, ex-senador, ex-presidente da CNT - Confederação Nacional do Transporte e fundador do SEST SENAT

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