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Clésio Andrade

Jogo político é mais perigoso do que Covid 19

A pandemia de Covid 19 despertou uma disputa política destrutiva, que está fazendo mais estragos e vítimas do que o coronavírus. De um lado o Ministério da Saúde que, junto com alguns governadores e prefeitos, paralisaram o Brasil com um isolamento social desnecessário e inócuo. De outro, a irresponsabilidade dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, ao aprovar medidas que vão se converter rapidamente em uma bomba fiscal avassaladora. Neste momento, do jeito que a economia e as finanças públicas estão sendo conduzidas, a Covid 19 se tornou o menor de nossos problemas. Por trás das manobras do Congresso Nacional está uma ameaça de derrubar o presidente Jair Bolsonaro na tentativa de voltar com a velha política do toma-lá-dá-cá. Veja a “ajuda” estimada em R$ 93 bilhões aprovada na Câmara dos Deputados para socorrer estados e municípios. Estão dando um cheque em branco e sem fundos para cobrir o rombo causado pela insanidade de governadores e prefeitos que adotaram o isolamento social e derrubaram a economia, a oferta de empregos, o rendimento das famílias e a arrecadação de impostos. A Câmara quer premiar gestores públicos irresponsáveis e incompetentes. O que o Congresso não conta é que esse rombo será bancado pelo Governo Federal e, mais tarde, por todos os cidadãos brasileiros. Quem vai pagar esta conta são as famílias, inclusive aquelas que estão perdendo entes queridos em consequência das decisões desastrosas de políticos em busca de holofotes. Prefeitos e governadores que insistem no irresponsável isolamento social deveriam responder sozinhos pelas loucuras que estão fazendo. Mas a Câmara, jogando para a platéia, preferem causar os estragos e ampliar a tragédia que já está custando muitas vidas. Estão destruindo a economia e a capacidade que os empreendedores têm de gerar empregos, renda e riquezas. Estão destruindo o Estado, que acumula dívidas impagáveis e perde arrecadação. Estão destruindo o Brasil e os brasileiros. Milhares de empresas já estão fechadas, muitas outras estão fechando e incontáveis irão falir, desempregando milhões de trabalhadores. A insuportável taxa de 12% de desemprego, logo vai saltar para 17%. Milhões de famílias estão sendo jogadas na incerteza, na miséria e no abandono. Já tem gente passando fome. O Brasil está à beira de um colapso econômico e social. Daqui para convulsões, saques e violência generalizada é um passo. A arrogância e a irresponsabilidade de políticos como Mandetta, Dória, Witzel, Ibaneis, Helder, Covas, Maia, Alcolumbre, dezenas de parlamentares e outros estão empurrando o Brasil para um cenário de fome, miséria, violência, desemprego, doença, morte e destruição. O impacto é tão violento que nenhuma política social, por mais ampla que seja, conseguirá evitar uma catástrofe. Está tudo errado. Temos que evitar uma catástrofe maior. O País deve voltar imediatamente a produzir, gerar receita e renda para as pessoas. O estado precisa voltar a arrecadar para cumprir seu papel, ampliar os investimentos em saúde pública, incentivar os empreendedores e promover o desenvolvimento social. O Congresso Nacional precisa melhorar e modernizar seus procedimentos e condutas para estar mais qualificado a responder aos anseios da sociedade. O combate à Covid 19 deve ser feito de maneira racional, com isolamento dos idosos e doentes e proteção ao restante da população por meio de medidas como uso obrigatório de máscaras e álcool em gel, proibição de aglomerações, higienização de locais públicos e campanhas educativas de higiene e segurança. A gestão pública, nos estados, nos municípios, no Congresso, em todos os âmbitos, deve ser feita com responsabilidade, desatrelada de interesses de grupos políticos e de projetos pessoais. A situação é dramática. A disputa política tem que parar em nome da sensatez, da saúde e da sobrevivência da população brasileira. Esperamos que o novo ministro da Saúde tenha sucesso e força para enquadrar esses governadores e prefeitos na hora de liberar recursos. Basta de jogos políticos. É hora de união nacional! Hora de trabalho e de respeito ao povo brasileiro.



Clésio Andrade, empresário, empreendedor social, foi vice-governador de Minas Gerais, ex-senador, ex-presidente da CNT - Confederação Nacional do Transporte e fundador do SEST SENAT


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