O segundo-turno das eleições municipais consolidou a opção dos brasileiros pelo projeto liberal-democrático, com modernização do Estado, e uma política de conciliação nacional, sem radicalismos.
Iniciamos um novo ciclo em que os governantes estão sendo chamados a assumir responsabilidades e mostrar resultados. Esta é a sabedoria que o presidente Jair Bolsonaro precisa incorporar para fortalecer o seu governo e salvar o Brasil de uma crise econômica e social sem precedentes. A urgência da situação só aponta um caminho: privatizar imediatamente um grande número de empresas estatais.
O caixa do governo está vazio, a dívida pública está em quase 100% do PIB, o desemprego atingiu patamar insuportável, a pobreza se alastra e a pandemia aumenta a pressão por mais gastos públicos. O governo precisa fazer caixa rapidamente e aliviar o Estado do peso financeiro provocado por estatais caras e ineficientes. Tem que privatizar tudo que for possível e, com a arrecadação, criar dois fundos: um para investimento em infraestrutura e outro para financiar o programa Renda Cidadã até que a economia volte a crescer e o mercado de trabalho se recupere.
É hora de dialogar com os partidos políticos, negociar com os diversos setores produtivos e buscar o entendimento para tocar as privatizações, fazer as reformas de modernização do Estado e atrair fortes investimentos nacionais e estrangeiros em infraestrutura.
O governo precisa fortalecer o Ministro Paulo Guedes para que ele possa iniciar imediatamente a privatização de 151 subsidiárias de estatais, que podem ser vendidas sem depender de autorização do Congresso Nacional. Bolsonaro tem que entrar 2021 abrindo os leilões e batendo o martelo.
O presidente tem tudo que precisa para liderar com êxito o esforço de recuperação nacional: um ótimo ministério, bons projetos e boas intenções. É honesto, sincero e está fazendo um governo sem corrupção. Só lhe faltam um pouco de tato político, falar menos, e agir com pulso e coragem para mandar privatizar tudo. Basta corrigir esses detalhes e pisar no acelerador. Pisa fundo, presidente!
Clésio Andrade, empresário, empreendedor social, foi vice-governador de Minas Gerais, ex-senador, ex-presidente da CNT - Confederação Nacional do Transporte e fundador do SEST SENAT
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