Só depende do Bolsonaro

O Brasil tem tudo, agora, para se recuperar. O Presidente fez a Presidência do Senado e da Câmara, mas só isto não basta. Terá que negociar muito.

Entra com um grande débito, que é a sua sobrevivência política no cargo de Presidente, visto que ele cria muitas crises e tem um Vice-Presidente bem articulado e preparado para assumir.

Na outra ponta, tem que criar um grande débito para fazer as reformas estruturais e privatizações de que o País tanto precisa. Seguindo este caminho, vai se dar bem, porque vai recuperar o País, gerar empregos e aumentar sua popularidade.

Hoje ele tem um grande crédito com o Congresso para negociar. Pode, ainda, ampliá-lo com negociações de cargos e emendas parlamentares.

Nesta hora, prosseguir com o projeto liberal do ministro Guedes é fundamental. Precisa fazer o Brasil voltar a crescer, gerar empregos, e cuidar das questões fiscais.

Agora, se ele se preocupar apenas com a sua sobrevivência política e sua reeleição, pode se dar mal e piorar a situação do país.

Os governos são assim em todo o mundo: alternância sempre ocorre entre mais à esquerda e mais à direita, quando os governantes ficam impopulares. Não vai ser diferente aqui.

Volto a afirmar: temos que apoiar o Presidente, não temos alternativa. Mas os amigos devem alertá-lo de que pode levar o País para o buraco se não fizer o “Dever de casa” correto. Nesse caso, a esquerda voltará. Veja a Argentina.

Clésio Andrade, empresário, empreendedor social, foi vice-governador de Minas Gerais, ex-senador, ex-presidente da CNT - Confederação Nacional do Transporte e fundador do SEST SENAT

#clesioandrade